terça-feira, 22 de julho de 2008

Capitulo 15

Fui até ao estacionamento, o Cadillac não estava lá. Onde é que este se meteu… Agora temos de ir a pé para casa…

Voltei para dentro.

Sara: O Cadillac desapareceu

Bill: Han? Temos de ir a pé para casa?

Gustav: Aquele Tom só faz asneiras…

Sara: Eu a pé não quero ir… Já arranjo solução… (olho para o Andreas) Bill, finge que estás bué mal está bem?

Bill: Porquê?

Sara: Faz o que te digo, já percebes.

Comecei a andar na direcção do Andreas.

Andreas: Precisas de alguma coisa?

Sara: Tens carro? O Bill está mal, e o Tom bazou no Cadillac, achas que nos podes levar a casa?

Andreas: Sim, bora lá, tem é de ser rápido…

Começámos a ir novamente para junto do Gus e o Bill, eu mando um olhar do tipo “faz lá o que te disse”.

Andreas: A Sara disse-me que não estás bem Bill, andem, eu levo-vos a casa…

Bill: Obrigada (ele falava baixinho e com as mãos à volta do pescoço)

Gustav: Isso está mesmo mau… (olha para mim)

Andreas: Andem, rápido.

Metemo-nos no carro do rapaz, o Gustav foi à frente (não percebi porquê), o Bill estava-se a encostar a mim. Já íamos a caminho de casa.

Andreas: Não queres ir ao hospital?

O Bill olha muito sério para mim.

Sara: Não é preciso, isto deve ser por ter estado muito tempo na disco… sabes, a respirar aquele ar com fumo e isso…

O Bill chega-se ainda para mais perto de mim e aproximou os seus lábios à minha orelha.

Bill: Que imaginação, mas não era preciso tanto…

Tínhamos chegado.

Sara: Obrigada.

Andreas: É na boa, as melhoras Bill…

O Andreas voltou para a disco, nós entrámos em casa.

Bill: Eu mato-te Sara!!

Sara: Preferias vir a pé?!

Gustav: Ei, não discutam…

Sara: Vou ver se o Tom está no quarto…

Gustav: Eu vou dormir.

Bill: Eu também (olha para mim).

Fui até ao quarto do Tom, parei em frente à porta. Está lá alguém… Dava para ouvir vozes, uma era claramente do Tom, mas a outra… parecia de uma rapariga… Abri a porta, as lágrimas soltaram-se dos meus olhos.

Sara: Tom?!

Chorava descontroladamente. O Tom estava na cama sim, com outra! Apesar de nunca termos assumido nada, eu sentia-me lixo naquele momento, usada e deitada fora.

Outra: Quem é esta Tom?

Ele estava a olhar para mim, nesse preciso momento aparece o Bill, vê-me a chorar e depois olha para o irmão.

Sara: Esta…

Não consegui, desatei a correr, saí de casa, chorava intensamente, como já há muito não chorava.

___

Bill: Como foste capaz Tom? Nunca pensei que lhe fizesses isto… Às outras, eu já sei como és, mas a ela?

A outra gaja já estava vestida.

Bill: Desaparece-me daqui sua pega! Agora nós Tom…

Tom: Não é preciso gritares…

O Tom falava calmamente, com um bocado de frieza à mistura.

Bill: É, tens razão… Pensei que tivesses mudado… Pensei que gostavas mesmo dela… Mas enganei-me… Continuas o mesmo…

Tom: Pára Bill!! (agora era ele que gritava) Eu sei que gostas dela! Eu sei que hoje a beijaste! Eu sei disso tudo! Porque achas que fiz isto? Eu não a amo, não a vejo da mesma maneira que tu vês, ela não é para mim nem metade do que é para ti! Eu fiz isto por ti! Para te ver feliz, com ela! Não percebes?

O Bill ficou sem saber o que dizer… O irmão tinha feito tudo para que ele fosse feliz…

Tom: Que é que ainda estás aqui a fazer? (continuava a berrar) Vai! Corre atrás dela! Diz-lhe o que sentes por ela, não percas mais tempo, agora já não me tens a mim no meio! Já nada te impede de seres feliz!

O Bill chorava, e o irmão chorava também.

Bill: Obrigado…

Tom: Cala-te e vai… (num tom normal)

Bill saiu atrás da Sara, tinha de lhe contar tudo, tinha de impedir que ela cometesse alguma loucura.

Tom caiu na cama, ainda tinha as lágrimas nos olhos. Pelo menos agora eles podem ser felizes…

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