sábado, 19 de julho de 2008

Capitulo 4

Tom: Maaee, Bill!!

Ninguém respondeu.

Tom: Não devem estar em casa. Vou ligar à minha mãe. (pegou no telemovel) Onde estás? Eu já cheguei a casa e está vazia…(…) O quê? O Bill está na clínica? Que se passa? (…) Não! O Jost não nos disse nada!! (…) Oh, vamos já para aí. Estou aqui com o Gustav e com a prima dele, a Sara, de certeza que te lembras dela. (…) Sim mãe, essa mesmo. Até já.
Sara: Que se passa?!
Tom: Temos de ir para a clínica, o Bill está internado a fazer exames, vamos no Cadillac, eles levam as vossas malas a casa. Gustav, ligas ao Georg?
Gustav: Liga tu!
Sara: Vá, eu ligo…
Tom: Ligas pelo caminho.

Fomos até a uma garagem enorme, mesmo no meio estava um carro preto e grande: O Cadillac.

Tom: Hum, que saudades que eu tinha deste carro… Entrem vá.

O Gustav estava-se a preparar para ir à frente, mas o Tom olhou-o com uns olhos ameaçadores.

Tom: Vais atrás, nem penses que eu vou contigo ao meu lado podendo ir com uma miúda ;)

Pronto, eu entrei para a frente e o Gustav teve de se contentar com os bancos de trás. Peguei no telemóvel do Tom (ele que nem pense que eu ia gastar do meu dinheiro) e liguei para o Georg.

Georg: Yo mano, como está o mais novo?
Sara: É a Sara -.-'
Georg: Ah, então que se passa?

Sara: O Bill está internado, nós vamos agora para lá. O Tom diz que tu conheces a clínica. Vai lá ter.
Georg: Vou a caminho, até já.

Chegámos a uma clínica que pronto, nem comento, via-se mesmo que era para ricos :x

Fomos até uma sala, estava lá a Dna.Simone. O Tom ia de mão dada comigo, mas ao ver a mãe largou-me.

Dna.Simone: Oh filho, que saudades… (encheu-o de beijos, deu-me vontade de rir) Olá Gustav (deu-lhe dois beijinhos) E se não me engano tu és Sara :)
Sara: Olá Dna.Simone (dois beijinhos)
Dna.Simone: Estás crescida minha querida, parecida com o teu pai…

Toda a gente me dizia isso, que eu era parecida com o meu pai. Fiquei um bocado triste.

Dna.Simone: Desculpa querida, não queria que ficasses triste…
Sara: Não faz mal, como está o Bill?
Dna.Simone: Mal, os médicos estão a pensar que ele tem um quisto numa das cordas vocais, está a fazer mais exames para se ter a certeza. Se for confirmado, ele vai ter de ser operado. A banda tem de cancelar uma boa parte da Tour…
Gustav: Han?!
Tom: Podemos vê-lo?
Dna.Simone: Sim, mas não deixem que ele fale muito.
Sara: Esteja descansada. O Georg deve estar aí a aparecer…
Georg: Vim o mais rápido que pude, olá Dna.Simone.
Gustav: Vamos agora ver o Bill, vens?
Georg: Claro -.-‘

Entrámos no quarto, era grande aquilo, parecia um hotel. Ele estava sentado num sofá, olhava o horizonte através de uma janela enorme.

Tom: ‘Tão mano?

Voltou-se para nós, sorriu e estava prestes a falar.

Sara: Ei, nem penses! Escreve o que tens para dizer, toma.

Dei-lhe o meu caderno, andava sempre com ele, lá escrevia os meus pensamentos, quando precisava de falar com alguém, quando precisava de falar com os meus pais. Abri-lho no fundo, para que ele não lê-se nada. Começou a escrever algo e mostrou-nos.

Ainda bem que vieram :)

Gustav: Já sabemos as suspeitas dos médicos, já está confirmado?

Voltou a escrever.

Sim, tenho um quisto numa corda vocal, vou ser operado. Desculpem… Vamos ter de cancelar a Tour, depois da operação tenho de estar 10 dias sem falar e ainda tenho depois a reabilitação…

Georg: Então, não tens de pedir desculpa, em primeiro lugar está a tua saúde!

Ficámos ali mais um tempo, entre palavras a frases escritas. Estava a ficar tarde e nós ainda não tínhamos jantado. Eu, o Gus e o Gé fomos embora. O Tom foi connosco até à saída da clínica.

Georg: Até amanha, vai dando novidades…
Gustav: Até amanha meu.

Eles já estavam a ir em direcção ao carro do Georg.

Sara: Ei, esperem por mim! Adeus Tom.

Comecei a andar atrás deles, mas o Tom parou-me.

Tom: Não te estás a esquecer de nada? :P
Sara: Não, que eu me lembre não…

Beijou-me, agora já me tinha lembrado…

Tom: Vá, vai lá :D
Sara: Isto não fica assim Tom… (continuei a andar e olhava para ele) Ainda não tivemos aquela nossa conversa…

Ele trincava agora o lábio e brincava com o piercing, pronto, ele sabia como me meter louca. Corri novamente para ele e beijei-o novamente, não dá para resistir (a)

Os outros já estavam à minha espera, entrei no carro, o Georg levou-nos a casa, a mim e ao Gustav. Entrei, já não entrava ali há anos… Tens de ser forte… Logo à entrada havia uma foto do meu tio com o meu pai, olhei rapidamente para ela e continuei. Fomos directos à cozinha, a mesa estava posta, e à volta dela sentavam-se os meus tios e a minha prima.

Gustav: Boa noite :D

Levantaram-se todos e foram abraçar o Gus. Eu continuava no mesmo sitio, a contemplar aquele momento familiar, um momento que eu não tinha à demasiado tempo. Repararam em mim, e todos sorriram.

Sara: Olá :D

Abraçaram-me da mesma maneira que abraçaram o meu primo, eles consideravam-me uma filha.

Mãe: Estás tão grande :D
Pai: E toda giraça…
Prima: Já tinha saudades da minha irmãzinha :D

Senti-me feliz, após tanto tempo sem me sentir acariciada por uma família, a minha família estava ali, e eu estava mais feliz que nunca.

Sara: Também já tinha saudades vossas… :’)

Uma lágrima caiu dos meus olhos, era uma lágrima de alegria… Os meus pais devem estar orgulhosos, devem estar felizes, por saberem que ainda tenho uma família, uns segundos pais…

Mãe: Vocês devem estar esfomeados… Sentem-se, comam qualquer coisa.

Sentámo-nos e devorámos tudo o que nos meteram à frente. Foi um jantar animado, com gargalhadas e conversas, um jantar de família. Estava demasiado cansada e pouco depois de jantarmos fui para o quarto. Sentei-me na cama e peguei no tal caderno. Comecei a escrever.

Estou novamente feliz, como há muito não estava. Tenho saudades dos meus pais… Mais uma vez tive de andar de avião, odeio aviões, se não fossem eles os meus pais não tinham morrido e hoje estaria com eles, aqui na Alemanha, ou nos States. Tenho saudades daquilo, saudades de NY, saudades de passear no Central Park, de percorrer toda a Times Square, de ver a Estátua da Liberdade sempre que olhava para o horizonte…

Eu e o Tom andamos numa de beijos e abraços (tudo muito inocente). Não acredito que ele goste de mim, eu não gosto dele, mas também não lhe consigo resistir… O Bill está doente… Tinha imensas saudades dele… Aquele rapaz está cada vez mais bonito, e é uma óptima pessoa para se falar…

Parei por um momento, era raro pensar no Bill, normalmente o Tom ocupava-me a cabeça. Abri o caderno nas últimas folhas, onde o Bill tinha escrito. Após arrancar umas duas reparo numa espécie de nota, bem no fundo da que estava prestes a arrancar. Era a letra do Bill.

1 comentário:

Chris disse...

LINDO!!!!

Nem sei o que dizer...

Küss***