Sara: Olhem lá, nem pensem que eu vou dormir aqui na sala .|.
Gustav: Porquê?
Sara: Olha, eu não durmo ao pé de vocês, o Georg ressona muito alto, exijo um quarto (fazer birrinha (a))
Georg: Oh, não te custa nada ficares aqui connosco, até o Tom vai cá ficar…
Sara: Não quero saber, eu vou para o quarto de hospedes .|.
Tom: Não pode ser…
Sara: Han? Não acredito que num casarão destes não há quarto de hospedes!!
Tom: Até há vários, mas estão todos ocupados com tralha xD
Sara: Então fico no teu, e nem te atrevas a invadir-me a cama como na noite passada…
Ficaram todos a olhar para nós, o Bill estava com uma cara…
Georg: Como é que é essa?
Sara: Hum, então, ele na noite passada invadiu o meu quarto e não descolou de lá a noite toda… Mas não fizemos nada de mal :X
Georg: Ah, pois…
Sara: Olha Tom’zinho, fazes o favor de me indicar o caminho para o teu quarto? E já agora, eu não durmo com esta roupa (só exigências -.-‘)
Tom: Vais com o Bill que ele diz-te, e de certeza que encontras lá uma camisola para dormires…
Sara: Está bem, até amanha, é tarde e estou cansada. Vamos Bill?
Sim, depois temos de falar
Mostrou-me só a mim e eu disse que sim com a cabeça. Beijinho a todos, o Tom queria outro tipo de beijinhos mas já tinha tido muito (a)
Sara: Cuidado com o Georg xD
Georg: Goza -.-‘
Fui atrás do Bill. Ele apontou para uma porta e abriu-a, vi logo que era o quarto do Tom. Depois puxou-me e abriu a do lado, ali era o seu quarto.
Sara: Dorme bem :)
Dei-lhe dois beijinhos e entrou um em cada porta. Vasculhei numa das malas e encontrei uma camisola-vestido, era só para dormir, também não interessava. Deitei-me, até a cama estava toda desarrumada -.-‘ Estava demasiado cansada para escrever algo no meu caderninho, adormeci num instante.
(…)
Sinto alguém a entrar no quarto e começo a sentir umas mãos suaves a tocarem no meu braço.
Sara: Baza Tom… Não te quero aqui…
Não sei quem era, mas continuava lá, continuava a tentar direccionar a minha atenção para ele, mas não dizia nada. Bill?
Voltei-me na direcção dessa pessoa, abri os olhos mas estava escuro, mesmo assim senti os lábios de alguém a milímetros dos meus…
Sara: És tu Bill?
Ninguém me respondia, mas eu sabia que continuava lá. Eu falava baixo, aquela situação estava a deixar-me nervosa…
Sara: Quem és?
Levantei uma mão e fui ao encontro do rosto do desconhecido, levantei também a outra e, ao passar junto da sobrancelha direita, sinto um piercing.
Sara: Bill, eu sei que és tu…
Procurei o meu telemóvel, uma fonte de luz, iluminei a cara dele. Sim, era o Bill, os nossos lábios continuavam a milímetros de distância, ele afastou-se e acendeu a luz. Pegou no quadro e escreveu. Eu estava sentada na cama, completamente na lua, sem perceber o que se tinha acabado de passar ali.
Desculpa ter-te acordado, não consigo dormir, os outros estão a dormir na sala e não me apetece aturá-los, restavas tu…
Sara: Oh, não faz mal Bill… (abro a boca por causa do sono) Anda, senta-te aqui ao pé de mim, disseste que depois já falávamos, aproveita agora…
Ele sorriu e sentou-se ao meu lado na cama.
Sara: Que tens para me dizer?
Tu foste para a cama com o meu irmão não foi?
Mas como é que ele sabe?
Sara: Sim Bill… Desculpa :(
Eu estava a pedir desculpa ao Bill, nem eu percebi porquê, mas senti que naquele momento lhe devia um pedido de desculpa…
Não tens de me pedir desculpa… Eu não tenho nada haver com isso, tu é que sabes, só não quero que sofras… Sabes que farei de tudo para te ver feliz…
Estivemos mais uma meia hora a falar sobre mim, essencialmente sobre o meu passado. Adormeci, encostada a ele, enquanto ele escrevia algo, algo que nunca cheguei a ler…
xxx
Na sala, Tom sabia que o irmão estava no seu quarto com a prima do Gustav. Ele gosta dela… Conhecia demasiado bem o irmão, sabiam exactamente o que o outro estava a pensar, os seu sentimentos. Fechou os olhos e caiu num sono profundo.
Bill aconchegou a Sara na cama do seu irmão e, sabendo que ela estava a dormir profundamente, despediu-se dela tocando nos seus lábios, levemente. Não posso continuar assim… Ela e o meu irmão… Saiu e, antes de fechar a porta, olhou mais uma vez para aquela rapariga, sim, ela parecia um anjo quando estava a dormir, tal como o Gustav tinha dito…
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- Sara, acorda…
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